Bolsonaro participa de encontro com empresários na Firjan

Como parte das comemorações do Dia da Indústria, a Firjan recebeu hoje o presidente Jair Bolsonaro, para encontro com empresários de todas as regiões fluminenses. Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da federação, ressaltou a importância da livre iniciativa, que precisa de menos burocracia e mais segurança jurídica para investir e, com isso, contribuir para a recuperação econômica do país. O evento reuniu quase 500 pessoas.

“Temos hoje alguns sonhos, presidente. O crescimento econômico é um deles. Assim como a liberdade no exercício da atividade econômica, a presunção de boa-fé no exercício das atividades econômicas e o mínimo de intervenção do Estado”, disse Eduardo Eugenio. O presidente da Firjan afirmou ainda que a Medida Provisória 881/2019, assinada em 30/04 pelo governo Bolsonaro, já caminha nessa direção.

“A MP da Liberdade Econômica é música para os ouvidos dos empreendedores. Ela produzirá alterações efetivas no Código Civil, na Lei das SAs e na Lei de Recuperação Judicial e Falências. Os efeitos serão sentidos já em médio prazo e com repercussões para estados e municípios”, acrescentou Eduardo Eugenio.

Jair Bolsonaro reiterou que seu governo dará liberdade para as empresas atuarem. “Nosso primeiro trabalho é não atrapalhar a atividade dos senhores, tendo em vista o ‘cipó burocrático’ que são obrigados a enfrentar no dia a dia”, afirmou aos empresários.

Eduardo Eugenio relembrou a necessidade urgente de aprovação da reforma da Previdência para a melhoria do ambiente de negócios, citando números de estudo inédito realizado pela Firjan, intitulado ‘Reforma da Previdência para ampliar investimentos no Brasil. Segundo a análise, com a reforma as contas públicas deverão retornar ao campo positivo em 2024, o que interromperá 10 anos de déficit público.

 

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Eduardo Eugenio ressaltou a importância da MP da Liberdade Econômica e a necessidade de aprovação da reforma da Previdência – Foto: Paula Johas

 

Bolsonaro concordou sobre a necessidade urgente da reforma. “Ela é salgada para alguns, mas estamos combatendo privilégios. Não dá para o Brasil continuar com essa carga nas contas. Se não fizermos isso, em 2024 vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa”, declarou.

Segundo a Firjan, a reforma tem potencial para destravar diretamente R$ 1,4 trilhão, dos quais R$ 655 bilhões em investimentos públicos e R$ 729 bilhões em investimentos privados. O estudo deu exemplos de como setores-chave para o desenvolvimento brasileiro poderão ser beneficiados.

Para a habitação popular, por exemplo, poderiam ser destinados 770 bilhões. Com isso, os chamados “domicílios precários” estariam eliminados em 10 anos. Para o saneamento, a reforma traria aportes de R$ 221 bilhões, propiciando a universalização do abastecimento de água e a melhoria na coleta e no tratamento de esgotos no Brasil.

Na saúde, seria viável ter a cobertura efetiva na atenção primária de 100% da população, por meio de investimentos de R$ 130 bilhões. Já na educação, haveria recursos para que 100% das crianças de 4 e 5 anos estivessem na pré-escola e pelo menos metade das crianças com até 3 anos, em creches. Os investimentos seriam de 33 bilhões de reais.

 

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Cerca de 500 pessoas estiveram no evento com a presença de Bolsonaro, na Firjan | Foto: Paula Johas

 

Ainda com a reforma e a participação do setor privado, seria possível destravar R$ 95 bilhões em investimentos para acabar com o déficit do sistema prisional brasileiro. Além de habitação, água e esgoto, segurança, saúde e educação, a reforma da Previdência ainda tem potencial para finalizar quase 4.700 obras paradas em todo o país.

Durante o encontro, Bolsonaro recebeu da Firjan a Medalha ao Mérito Industrial. Também estavam presentes o governador do Estado do Rio, Wilson Witzel, e o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Da equipe de Bolsonaro, compareceram Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia; Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Carlos Alberto Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República; o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco; e o presidente do BNDES, Joaquim Levy.

O Dia da Indústria é celebrado em 25/05, data de falecimento do engenheiro, industrial e administrador Roberto Simonsen, considerado patrono da indústria nacional.

 

Fonte: Firjan.