Confiança do industrial fluminense avança após aprovação da reforma da Previdência

A confiança do industrial fluminense avançou em setembro e atingiu 57,7 pontos, impactada pela aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. As informações são do Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ), elaborado pela Firjan. A pesquisa varia de zero a cem pontos, com os resultados acima de 50 indicando melhora ou otimismo e abaixo desse valor apontando piora ou pessimismo.

Apesar do otimismo, o industrial fluminense apresentou avaliações diferentes em relação ao momento atual e às perspectivas para o futuro. Os empresários não estão otimistas em relação ao cenário atual (49,9 pontos), mas têm perspectivas favoráveis para os próximos meses (61,5 pontos).

“A perspectiva em longo prazo é positiva, pois vemos disposição do governo em desburocratizar e melhorar o ambiente de negócios, a exemplo do avanço da reforma da Previdência e o início dos debates da tributária. A já Lei da Liberdade Econômica também foi muito positiva para a iniciativa privada. Para o Rio de Janeiro, o setor de P&G promete trazer bons resultados para o estado até o fim do ano”, ressalta Sérgio Duarte, vice-presidente da Firjan.

Por outro lado, Duarte ressalva que, por termos sido o estado mais atingido pela crise e ainda não termos conseguido diminuir as taxas de desemprego nem reequilibrar o caixa do Estado para fazer investimentos, a avaliação do cenário atual ainda é ruim. De acordo com o ICEI-RJ, a economia estadual é, de fato, o principal fator para o resultado negativo. Ainda assim, esta avaliação melhorou em relação à última análise, em junho deste ano.

“A confiança dos empresários vem oscilando ao longo de 2019. Desse modo, podemos aferir que a manutenção da confiança dos empresários está atrelada à concretização das reformas estruturais. Fato é que o setor privado terá papel fundamental na retomada da economia, já que a capacidade de investimentos do setor público está limitada pela sua situação fiscal”, analisa Julia Rangel Pestana, analista de Estudos Econômicos da federação.

 

Fonte:  Firjan