Repensar Macaé: iniciativa busca alternativas econômicas para a cidade, além de P&G

Alternativas econômicas para Macaé, além do mercado de Petróleo e Gás (P&G). Esse é o principal objetivo do Repensar Macaé, iniciativa idealizada por empresários do Norte Fluminense, em parceria com a sociedade civil, para desenvolver ações e aproveitar os potenciais da cidade a curto, médio e longo prazos. O mercado de P&G movimenta volume de recursos relevantes e se manterá importante, sobretudo nesse momento de retomada dos investimentos em exploração e produção, mas é preciso somar as diferentes oportunidades de geração de negócios, emprego e renda.

“Atuamos também na busca de apoio político dos poderes Executivo e Legislativo em nível municipal, estadual e federal para a execução dessas demandas”, explica Evandro Capistrano Cunha, coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé.

Lançado em 2018, o movimento trabalha atualmente em 18 propostas prioritárias, que estão sendo direcionadas aos setores competentes, sejam públicos ou privados. Durante todo o ano passado, representantes das instituições se reuniram para debater os pleitos e, a partir dessas discussões, desenvolveram um plano de trabalho que prioriza áreas como Turismo e Infraestrutura, entre outros segmentos com grande potencial.

“Em meio à crise econômica enxergamos uma oportunidade de ação. É importante que não fiquemos apenas na expectativa por parte do poder público, mas que sejamos agentes de transformação, contribuindo com a nossa experiência empreendedora. Esperamos que essa nova forma de pensar se amplie por todo o estado do Rio”, ressalta Edmilson Gonçalves, proprietário da Edcontrol.

NÚMEROS DO REPENSAR MACAÉ

300 empresários envolvidos

10 instituições parceiras

130 propostas

10 segmentos

Uma das conquistas alcançadas foi a implantação da linha rodoviária Galeão x Macaé, que liga o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, à cidade  do Norte Fluminense, facilitando a chegada de turistas para lazer e negócios. Outro destaque é a reforma da pista do Aeroporto de Macaé, realizada em 2018. Além disso, a atuação do Repensar Macaé impulsionou a inclusão do aeroporto local no processo de licitação conduzido pelo governo federal este ano, que culminou com a empresa Zurich como vencedora. Os trabalhos da concessionária terão início em outubro.

Também está no radar o acompanhamento da duplicação da BR-101, que liga Macaé ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo. A empresa Arteris tem a concessão desde 2008, mas as obras, iniciadas em 2011, ainda não foram concluídas. O principal entrave refere-se ao licenciamento, já que parte da área é de preservação ambiental. O Repensar Macaé tem priorizado esse projeto, entendendo que a duplicação diminuirá o tempo de viagem, facilitará o escoamento de produtos, garantirá mais previsibilidade para as entregas e diminuirá os riscos de acidentes.

Marcelo Reid, proprietário da Merrel Corretora de Seguros, destaca ainda o gás natural entre os segmentos que têm recebido atenção especial. Com o aumento na oferta do insumo, a ideia é atrair indústrias de outros setores. “Enxergamos como um projeto estrutural de grande porte para a transformação da cidade. Nossa região passa a ser o cluster de gás natural do estado do Rio. Já temos duas termelétricas em funcionamento e outras duas em fase de construção”, ressalta.

Além da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, a iniciativa é composta pelas seguintes entidades: Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), Rede Petro-Bacia de Campos, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), Associação Macaense de Contabilistas (Amacon), Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (ABESPetro), Society of Petroleum Engineers (SPE), Macaé Convention & Visitors Bureau e International Association of Drilling Contractors (IADC).

 

Fonte:  Firjan