Produção de óleo e gás cresce pelo segundo mês
Os volumes de petróleo e de gás natural produzidos no Brasil cresceram em abril, nas comparações mensal e anual, pela segunda vez consecutiva, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Somadas, as produções totalizaram 3,314 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
A produção de petróleo no mês foi de 2,604 milhões de barris por dia (bpd), alta de 1,7% em relação a março e de 0,3% ante igual mês do ano anterior. Já a extração de gás ficou em 113 milhões de
m3/dia, um avanço de 1,3% na comparação mensal e de 3,8%, na anual.
O pré-sal respondeu por 59,8% da produção nacional. Em março, respondia por 59,4%. Na região, foram produzidos 1,572 milhões de bpd de petróleo e 64,9 milhões de m3/d de gás, totalizando 1,98 milhão de boe/d. Em comparação a março, houve alta de 2,3%, e, em relação a abril de 2018, de 10,9%.
O aproveitamento do gás natural em abril manteve-se estável em relação a março, correspondendo a 94,7% do total produzido. Foram disponibilizados ao mercado 55,3 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia). A queima de gás aumentou 2,8% se comparada com o mês anterior, e 76,5% se comparada ao mesmo mês de 2018.
A queima de gás totalizou 6 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d). A principal justificativa para o aumento em abril foi a continuidade dos comissionamentos das plataformas FPSO P-76 e P-77, no campo de Búzios.
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o que mais produziu petróleo e gás, com uma média de 873 mil de barris de petróleo por dia (bbl/d) e de 37,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m3/dia).
Petrobras abre venda de 22 campos de exploração
Em meio ao debate no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a privatização de subsidiárias, a Petrobras anunciou a abertura de processo para a venda de 22 campos de petróleo na Bahia. São antigos campos terrestres, com pequena produção.
A estatal vem sendo pressionada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) a se desfazer de ativos do tipo. A agência acredita que a transferência para novos investidores pode fomentar a retomada dos investimentos.
O processo inclui dois pacotes, o Polo Recôncavo e o Polo Ventura. O primeiro tem 14 campos, com produção média em 2018 de 2,8 mil barris de petróleo e 588 mil metros cúbicos de gás por dia. Com oito campos, o segundo produziu a média de 1,5 mil barris de petróleo e 43 mil metros cúbicos de gás.
O maior campo produtor do pré-sal, Lula, produziu em abril 873 mil de barris de petróleo e 37,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A ANP determinou que a estatal venda até o fim do ano os campos de petróleo em que não tem mais interesse de investir. Para os outros, terá que apresentar planos de investimento em ampliação da produção de petróleo.
Na semana passada, a companhia abriu processo para vender 26 campos no Espírito Santo. Também localizados em terra, eles produziram em 2018 a média de 2,7 mil barris de petróleo e 10,3 mil metros cúbicos de gás natural por dia.
Outro polo produtor no Espírito Santo, chamado de Lagoa Parda, foi posto à venda em outubro. São três campos com produção de 266 barris de petróleo e 20 mil metros cúbicos por dia de gás natural.
A ANP entende que empresas de menor porte podem ter interesse em investir para ampliar a produção dos campos de petróleo de menor porte no Brasil. Além disso, já com projetos em produção gerando receita, podem investir na aquisição de novas reservas.
Embora com baixos volumes de produção, a atividade de petróleo nesses campos tem grande potencial de geração de empregos e negócios nas cidades onde estão localizados.
Fonte: JC