Petrobras busca mediação do TST para Acordo Coletivo de Trabalho

A Petrobras informa que entrou, nesta segunda-feira (26/8), com um pedido de mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), reafirmando o seu esforço de alcançar uma solução negociada para fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que vigore no período 2019-2020. A decisão foi tomada pela companhia depois de esgotadas as tentativas de chegar a um acordo nas negociações com as lideranças sindicais. O ACT que está em vigor expira em 31 de agosto e, de acordo com a nova legislação trabalhista, perde a sua eficácia após esta data.

Cabe destacar que a Petrobras antecipou, pela primeira vez, o início das discussões para o mês de maio, quando apresentou sua primeira proposta de ACT, visando evitar contratempos e garantir as melhores condições para o diálogo entre as partes. Nas semanas seguintes, foram realizadas mais de 20 reuniões com as lideranças sindicais. Durante todo este período, a Petrobras se manteve aberta a ouvir e a avaliar as considerações dos representantes dos seus empregados e buscou atendê-los no que fosse possível. Com base nas conversas, a companhia reavaliou itens de sua proposta original e entregou aos sindicatos outras duas versões. A Proposta Final foi apresentada no dia 8/8 e, nesta oportunidade, também foi comunicado um prazo de 15 dias para que os sindicatos ouvissem suas bases e retornassem com a resposta. O prazo foi encerrado na última sexta-feira (23/8) e, até hoje (26/8), apenas um sindicato oficializou o resultado das assembleias à Petrobras.

É importante destacar que a companhia realizou inúmeros estudos para elaborar as suas propostas para o ACT. O propósito da Petrobras sempre foi o de obter o melhor acordo para seus empregados sem comprometer a sustentabilidade e a saúde financeira da empresa. A companhia tem plena confiança de que a decisão de buscar a mediação do TST é a mais acertada a tomar neste momento, buscando evitar greves e paralisações que venham a prejudicar as suas operações e a população em geral. Desde 1995, a Petrobras concedeu reajustes salariais que representam um ganho real acumulado de 40% acima da inflação. No entanto, não é mais possível tomar decisões sem considerar o potencial de risco que embutem à recuperação e à competitividade da companhia.

A Petrobras vem passando por uma profunda transformação e está executando um amplo programa de ajustes que inclui a gestão mais eficiente de seu portfólio, transformação digital, tecnologia, treinamento e capacitação de seus empregados, eficiência em custos e aumento da competitividade. A Petrobras vem revertendo o cenário de grave crise dos anos 2014-2015, mas ainda está longe do desempenho que a possibilite competir em condições de igualdade com os seus principais concorrentes, o que exige determinação na busca dos seus objetivos. O total da dívida caiu de US$ 126 bilhões, em 2015, para US$ 101 bilhões, no segundo trimestre de 2019 (considerando a contabilização de arrendamentos mercantis – IFRS 16). Mas, apesar de todos os esforços, cada barril de petróleo da Petrobras ainda embute um custo de US$ 6 em juros, o dobro do montante mais elevado de seus principais concorrentes. Depois de quatro anos de prejuízos sucessivos, a companhia registrou lucro no fim de 2018, um sinal de que estamos no caminho certo. A tendência se mantém com os resultados positivos nos dois trimestres de 2019. Vale salientar que estes resultados dependem do sucesso do Programa de Desinvestimentos, cujos recursos estão sendo usados para redução da dívida e no financiamento do pré-sal.

Este cenário mostra que a Petrobras acertou na escolha de sua estratégia mas tem um longo caminho pela frente e muito trabalho a ser feito. O comprometimento de seus empregados é essencial para que a empresa alcance seus objetivos com ainda mais responsabilidade na tomada de decisão e gestão da empresa.

Fonte: Redação/Agência Petrobras